O financiamento do agronegócio é um tema super importante quando pensamos no crescimento e expansão do agro como um todo. Apesar dos subsídios governamentais com o Plano Safra, a demanda ainda é muito maior que a oferta e o mercado financeiro tradicional enfrenta dificuldades em acessar o agro e entender os riscos de mercado. 

Por esse motivo, as empresas de insumos agrícolas exercem um importante papel na hora de financiar seus clientes. Em muitos cenários o crescimento da empresa está diretamente relacionado à capacidade de financiamento dos seus potenciais clientes. Entretanto, a gestão saudável entre crescimento e alavancagem pode ser um desafio para as revendas agrícolas, ainda mais quando existe a necessidade imediata de fluxo de caixa. 

São em cenários assim que as empresas de insumos agrícolas podem recorrer a alternativas do mercado financeiro para se capitalizarem, ou encontrar alternativas de financiamento para seus clientes e assim seguir expandindo seu negócio de forma sustentável financeiramente. Algumas dessas alternativas estão ligadas à Securitização, através de CRA e FIDC, além de investimentos em suas carteiras através de Fiagros.  Entenda mais sobre esses conceitos a seguir.

CRAs - Certificados de Recebíveis do Agronegócio

CRA é a sigla para "Certificado de Recebíveis do Agronegócio". Trata-se de um título de crédito emitido por empresas do agronegócio com o objetivo de captar recursos financeiros. Os CRAs são lastreados em recebíveis originados de negócios agropecuários, como contratos de compra e venda de produtos agrícolas, arrendamentos rurais, entre outros.

Esses recebíveis são transferidos para uma securitizadora, que os agrupa e os transforma em títulos negociáveis no mercado. Assim, os CRAs permitem que as empresas do agronegócio antecipem o recebimento dos valores de suas vendas, convertendo-os em recursos financeiros imediatos.

Os CRAs são uma alternativa de financiamento para as empresas do agronegócio, pois permitem diversificar suas fontes de captação de recursos. Ao adquirir um CRA, o investidor tem direito a receber os pagamentos futuros dos recebíveis, conforme estabelecido no título. Geralmente, os CRAs são emitidos com prazos e taxas de remuneração definidos.

Esses títulos costumam ser negociados no mercado secundário, permitindo que os investidores comprem e vendam seus CRAs antes do vencimento. A negociação pode ocorrer em bolsas de valores ou no mercado de balcão.

Os CRAs contribuem para a liquidez do mercado agropecuário, proporcionando uma fonte adicional de financiamento para as empresas do setor. Além disso, eles também permitem que investidores acessem os retornos gerados pelos recebíveis do agronegócio, possibilitando a diversificação de suas carteiras de investimento. Entretanto, esse não é o único recurso financeiro para empresas que procuram essa liquidez, como vamos abordar nos temas a seguir.

FIDC - Fundo de Investimento em Direitos Creditórios

FIDC é a sigla para "Fundo de Investimento em Direitos Creditórios". É uma modalidade de fundo de investimento que tem como objetivo adquirir e gerir uma carteira de direitos creditórios, transformando-os em cotas para os investidores, assim como CRA.

Diferente do CRA, os FIDCs podem ser setorizados, ou seja, podem focar em determinados tipos de direitos creditórios, como os provenientes do agronegócio, do mercado imobiliário, do setor de saúde, entre outros. Dessa forma, há a possibilidade de existirem FIDCs específicos para o agronegócio, que adquirem direitos creditórios relacionados a esse setor.

Os FIDCs têm como características a diversificação de riscos, uma vez que a carteira é composta por diversos direitos creditórios, e a possibilidade de negociação das cotas no mercado secundário. A rentabilidade dos investidores está associada aos pagamentos realizados pelos devedores dos direitos creditórios.

Mas agora que você entende melhor os conceitos de CRA e FIDC, talvez não tenha ficado clara a diferença entre eles, já que ambos são mecanismos possíveis na securitização da carteira de recebíveis. Essas modalidades se diferenciam principalmente em 6 aspectos:

Qual a diferença entre CRA e FIDC

Qual a melhor opção de financiamento para aumento de liquidez

Se sua dúvida é em relação a qual modelo melhor se adequa ao seu negócio, a resposta pode não ser tão simples. A escolha entre CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) para uma revenda de insumos agrícolas dependerá de diversos fatores, incluindo as necessidades específicas da empresa, seu perfil de risco e suas estratégias financeiras.

Entretanto, vale destacar que a principal diferença e vantagem do CRA na perspectiva da venda de recebíveis de empresas de insumos agrícolas é a possibilidade de emitir títulos lastreados nos recebíveis e vendê-los diretamente aos investidores. Essa emissão de títulos permite que a empresa acesse recursos financeiros por meio da venda antecipada dos recebíveis, gerando um impacto positivo imediato no caixa, se esse for um fator crucial para a empresa no momento. 

Agora, se o gargalo da empresa não está no momento após a concessão de crédito, mas sim no limite do negócio no momento da venda, o mercado financeiro ainda oferece outras modalidades de financiamento direto aos produtores, como é o caso dos FIAGROs e outros. 

A Tarken é uma empresa de tecnologia focada em todo o ciclo de crédito no agro, desde a análise de risco, até na ponte entre empresas de insumos agrícolas e o mercado financeiro na busca do melhor financiamento ou securitização. A empresa oferece um serviço personalizado que ajuda as empresas de insumos agrícolas a encontrar o melhor modelo para o seu negócio. Conheça mais sobre esse produto para o seu negócio agora mesmo e conheça todas as possibilidades de financiamento para sua empresa.